Desde o nascimento da indústria do plástico na década de 1950, a produção global aumentou significativamente, atingindo 400 milhões de toneladas por ano em 2021. Há décadas, cientistas do mundo inteiro vem alertando a população mundial, da importância de se evitar a utilização de plásticos de uso único, os conhecidos como descartáveis. As pessoas adquiriram o hábito de usar utensílios de plástico como facilitadores de tarefas, inclusive de trabalhos domésticos, sendo descartados ao invés de higienizados e reutilizados, como é feito com outros objetos de metal e etc.
William Hale Charch demonstra como desenvolveu o celofane à prova de umidade na década de 1920 (Foto: Getty Images/BBC)
As embalagens plásticas transparentes, facilitaram a visualização de alimentos, cosméticos também passaram a ser apreciados em potes com válvulas deslizantes em plástico, tornando-se práticos e mais baratos. Além disso, a acessibilidade de custo na fabricação também contribui para normalizar estes hábitos, considerando que um dos fatores é a matéria-prima do plástico, o polietileno, que é fácil e acessível nas indústrias, do que a celulose para o papel, por exemplo.
Apesar de ter alguns benefícios como na área hospitalar e farmacêutica, o plástico não deveria ter sido tão banalizado em usos do cotidiano, pois a praticidade está nos levando a um cenário cada dia mais difícil de contornar.
Na década de 1930, os consumidores passaram a comprar os produtos direto das prateleiras (Foto: Getty Images/BBC)
A análise, divulgada dez dias antes da 26ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança do Clima (COP26), enfatiza que o plástico também é um problema climático. Usando uma análise de ciclo de vida, estimou-se que em 2015 os plásticos estavam ligados à produção de 1,7 gigatoneladas de CO2 equivalente (GtCO2e), e em 2050 este número deverá aumentar para aproximadamente 6,5 GtCO2e – 15% do orçamento global de carbono. Os autores rejeitam a possibilidade de reciclagem como uma saída para esta crise e alertam para alternativas nocivas aos produtos de uso único, tais como plásticos de base biológica ou biodegradáveis, que atualmente representam uma ameaça química semelhante aos plásticos convencionais.
Pesquisador colhendo amostras de água em riacho.
Após ser inserido nas rotinas, comuns não só em casas como também em festas e restaurantes, alguns dos itens descartáveis mais utilizados são: copos, pratos, talheres e canudos, e não menos protagonistas, as sacolas de supermercados.
No Brasil, temos a cultura de por nossas compras em sacolas, onde colocamos poucos itens em cada e usamos mais de uma, para o famoso “reforçar as sacolas”, garantindo mais segurança ao transportar nossas compras para casa. Não podemos nos esquecer é claro de outro hábito: “vou levar mais sacolinhas para por o lixo lá de casa”…pois bem, alguns de nós produzem bastante lixo e alguns, tem por costume tirar de casa todos os dias e jogar nas lixeiras da rua, desta forma, muitas sacolas sequer estão cheias e já são colocadas para descarte. Assim cada vez mais, vemos cenários de caçambas de lixos espalhadas, em vários pontos da cidade, sendo recolhidas toneladas de lixos “embrulhados” em sacolas plásticas, todos os dias.
O que muitas vezes acontece, é que em meio as chuvas e enchentes, vários sacos de lixo são responsáveis por entupir sistemas de drenagens e bueiros, causando transtornos, além de muitos irem parar em leitos de rios e lagoas, poluindo àqueles que também fornecem água para consumo da população. Nas ETE’s e ETA’s, são removidos toneladas de resíduos plásticos todos os dias, mas há um vilão presente na água que nem mesmo as ETE’s e ETA’s conseguem remover totalmente: os microplásticos.
Microplásticos são comuns em lixos industriais, pastas de dentes, esfoliantes corporais, cremes e loções, shampoos, sabonetes, detergentes para a roupa, sombra de olhos, glitter, ambientadores, e por aí vai…
Tão minúsculos e invisíveis aos olhos, que passam direto por gradeamentos de estações de tratamento, sendo em algumas, mais bem elaboradas, retirados em outros processos mais a frente, como filtros, porém não é certo que serão 100% removidos. Já em outras estações que não possuem mecanismos e sistemas mais modernos, os microplásticos continuam ali na água e ou efluente, sendo conduzidos às nossas casas e aos corpos receptores (rios, lagos, oceanos).
Diante deste cenário, a PS2 vem se dedicando a trabalhar na conscientização da redução do plástico no cotidiano, com a campanha “Desplastificando”, visando incentivar novos hábitos de evitação do consumo excessivo de sacolas e utensílios descartáveis.
PS2 Soluções em Saneamento
Engenheiro Especialista
Eliemar
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